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Vida de plantonista: 3 verdades que ninguém te contou

Ser plantonista é uma das escolhas mais comuns entre os médicos que procuram por autonomia na carreira e ganhos financeiros mais rápidos. Com a alta demanda por profissionais da saúde, sobretudo em hospitais públicos e privados, vários recém-formados e médicos experientes optam pelos plantões como principal ou única fonte de renda. 

No entanto, apesar de parecer um caminho promissor, com flexibilidade de horários e maior liberdade de atuação, a rotina de plantonista esconde desafios que nem sempre são discutidos nas conversas entre colegas de profissão.

Entre os plantões em diferentes unidades, madrugadas mal dormidas, cansaço acumulado e longas jornadas, é comum que o lado financeiro e tributário acabe ficando em segundo plano. Isso sem ressaltar a saúde física e mental, que pode ser comprometida sem que o médico perceba.

Se você é um daqueles que vive de plantões ou está pensando em seguir por esse caminho, o conteúdo de hoje é para você. A GerencialMed irá falar sobre 3 verdades que ninguém te contou sobre a vida de plantonista e que fazem toda a diferença para garantir uma carreira mais equilibrada, segura e financeiramente saudável.

Ser PJ não significa ganhar mais (se a gestão for ruim)

É bastante comum ouvir que “como PJ o médico ganha muito mais do que como CLT”. Em partes, isso é até uma verdade, mas não é uma regra, sobretudo quando não existe uma boa gestão financeira e tributária por trás.

Ao abrir um CNPJ para atuar como plantonista, o médico passa a assumir várias responsabilidades que antes estavam a cargo do hospital ou clínica, como por exemplo:

  • Recolhimento de tributos;
  • Pagamento de taxas;
  • Emissão de notas fiscais;
  • Separação de lucros;
  • Pró-labore;
  • e muito mais. 

Sem um controle rigoroso, vários acabam pagando mais impostos do que deveriam ou misturando suas finanças pessoais com as da empresa, o que acaba levando a decisões equivocadas.

Essa falsa sensação de estar “ganhando mais” pode mascarar um descontrole financeiro real. Por isso, contar com uma contabilidade especializada em profissionais da saúde é crucial. Afinal, ela auxilia a estruturar o modelo PJ de forma correta, diminuindo a carga tributária de forma legal, e orienta sobre como manter as obrigações em dia.

A instabilidade financeira é real ( e exige planejamento)

Ao contrário de quem trabalha com carteira assinada e possui um salário fixo, o plantonista acaba vivendo uma realidade mais instável, há meses com escala cheia e outros com poucos convites. Além disso, feriados, férias coletivas de equipes ou mudanças em contratos hospitalares podem acabar impactando diretamente no número de plantões.

Essa imprevisibilidade faz com que o planejamento financeiro seja ainda mais importante para quem deseja seguir por esse caminho. É necessário criar uma rotina de organização que inclua:

  • Acompanhamento mensal de receitas e despesas, com o apoio de uma contabilidade médica;
  • Hábito de separar as contas da pessoa física e da jurídica, evitando confusão entre gastos pessoais e profissionais;
  • Um pró-labore fixo mensal, como se fosse um salário;
  • Uma reserva de emergência, capaz de cobrir pelo menos 3 a 6 meses de despesas.

Sem esse cuidado, o que parece lucro no mês seguinte pode acabar virando uma dívida, seja por impostos atrasados, gastos desnecessários ou falta de planejamento.

Trabalhar demais hoje pode custar caro amanhã

O volume das horas trabalhadas por plantonistas costuma ser alto. Diversos médicos chegam a emendar dois ou três plantões seguidos, muitas vezes com deslocamentos longos entre um hospital e outro. Essa rotina intensa pode até aumentar os ganhos em um curto prazo, mas possui um custo alto a médio e longo prazo: trata-se do esgotamento físico e mental.

A síndrome de burnout, bem comum entre médicos, pode atingir o plantonista sem aviso. E quando a saúde entra nesse colapso, todo o planejamento vai por água abaixo, até mesmo o financeiro.

Além disso, é importante pensar no futuro. Trabalhar muito hoje, sem pensar em uma aposentadoria, previdência ou plano de carreira, pode significar instabilidade no momento em que mais se precisa de segurança.

É por isso que contar com uma contabilidade voltada para médicos plantonistas não deve cuidar apenas de impostos. Ela precisa atuar de maneira consultiva, orientando sobre investimentos, reserva para aposentadoria e até mesmo estratégias para diminuir o número de plantões mantendo a saúde financeira em equilíbrio. 

Conclusão

A vida do plantonista pode ser uma excelente escolha profissional, e sim, ela possui vários benefícios. No entanto, também carrega verdades que poucos falam abertamente. Saber que nem sempre ser PJ é sinônimo de lucro, que a instabilidade financeira exige organização, e que o excesso de trabalho pode cobrar um preço alto são lições importantes para quem quer trilhar um caminho de sucesso na medicina.

Aqui na GerencialMed, ajudamos médicos plantonistas a entender melhor sua realidade financeira, a legalizar corretamente o modelo PJ e a construir uma carreira com mais tranquilidade, segurança e retorno.

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